domingo, 6 de setembro de 2015

INTRODUÇÃO

Energia :Definição e a historia  

Energia, em grego, significa “trabalho” (do grego enérgeia e do latim energia) e, inicialmente, foi usado para se referir a muitos dos fenômenos explicados através dos termos: “vis viva” (ou “força viva”) e “calórico”. A palavra energia apareceu pela primeira vez em 1807, sugerida pelo médico e físico inglês Thomas Young. A opção de Young pelo termo energia está diretamente relacionada com a concepção que ele tinha de que a energia informa a capacidade de um corpo realizar algum tipo de trabalho mecânico (Wilson, 1968).

Antes de 1800 o conceito de força (vis) possuía um sentido bastante abrangente, adaptando-se a diferentes campos: força elétrica, força gravitacional, força magnética. Esta abrangência do uso da concepção de força ainda não permitia muitas aproximações entre estas diferentes manifestações, apenas se desenvolviam estudos que buscavam aprofundar a forma como estas forças se manifestavam nos diversos contextos físicos. Contudo, algumas contribuições se orientavam no sentido de identificar regularidades associadas tanto aos fenômenos relativos ao movimento quanto ao calor:

• Galileu Galilei (1564-1642) em sua obra “Diálogos sobre Duas Novas Ciências” chegou a
fazer considerações a respeito de regularidades observadas em alguns processos de
transformação envolvendo a força gravitacional, mais especificamente sobre o funcionamento do “bate-estacas”; também afirmava conservar-se o que entendia ser o ímpeto presente nos corpos em movimento;

• Leibniz (1646-1716) e Huygens (1629-1695) contribuíram para o desenvolvimento da ideia de conservação da vis viva em situações onde ocorrem colisões;
• Lagrange (1736-1813) em 1788 estabelece o que entendemos hoje como o princípio da conservação da energia mecânica;

• Joseph Black (1728-1799), Rumford (1753-1814) e Carnot (1796-1832) desenvolveram uma ideia de conservação dentro da própria “Teoria do Calórico”.

Assim, no início do séc. XIX, o termo energia passou a ser usado com freqüência cada vez maior, sobrepondo-se às concepções de “vis viva” e de “calórico”. Mas foi nas décadas que antecederam a 1850 que as investigações sobre o conceito de energia protagonizaram uma revolução do pensamento científico europeu. Estas investigações estavam relacionadas a uma nova visão da natureza, uma visão a partir da qual se vislumbrava uma espécie de regularidade em diversos tipos de fenômenos físicos e químicos, estava se estruturando o Princípio de Conservação da Energia (Kuhn, 1977). Contribuíram decisivamente para a elaboração deste princípio homens como Julius Robert von Mayer (1814-1878, Alemanha), Hermann von Helmholtz (1821-1894, Alemanha), L. A. Colding (1815-1888, Dinamarca) e James Prescott Joule (1818-1889, Inglaterra).

Histórico

A história da energia começa na pré-história quando os homens das cavernas descobriram as utilidades do fogo para sua alimentação e proteção. No início quando um raio (descarga atmosférica) incendiava a vegetação eles pegavam as madeiras em chamas e as carregavam em suas andanças, mantendo-as acesas o tempo todo, pois ainda não sabiam como fazer o fogo.


Com a descoberta do homem pré-histórico de como fazer fogo, com o atrito de pedras e madeiras, onde as fagulhas incendiavam a palha seca, começou então o domínio do homem sobre a produção de energia em seu benefício, como cozer os alimentos, aquecer as noites frias, iluminar e afastar os animais e outros grupos inimigos. Mais tarde ele usaria o fogo para derreter os minerais e forjar suas armas e ferramentas para o trabalho, como também usar o fogo para dar resistência às peças cerâmicas que produziam.

Outro ponto marcante na história da energia foi quando o homem passou a utilizar a energia dos animais que domesticavam, para realizar os trabalhos mais pesados, como arar a terra, girar moendas e os transportes de cargas.


A energia dos ventos teve papel importantíssimo para o desenvolvimento da humanidade, pois foi o grande responsável pelas descobertas dos grandes navegadores europeus, que se aventuravam em suas caravelas movidas pela força dos ventos para navegarem pelos mares, descobrindo e colonizando novos continentes. A energia dos ventos também teve grande importância na transformação dos produtos primários através dos moinhos de vento que foram um dos primeiros processos industriais desenvolvidos pelo homem.


Porém o grande marco da utilização da energia pelo homem foi no século XVIII com a invenção da Máquina a Vapor que deu início a era da Revolução Industrial na Europa, marcando definitivamente o uso e a importância da energia para os tempos modernos que se iniciavam. As invenções da Locomotiva e dos teares mecânicos foram umas das primeiras aplicações para o uso da energia das máquinas a vapor, em seguida vieram muitas outras como os navios movidos a vapor que contribuíram imensamente para o desenvolvimento do comércio por toda parte do mundo.



Na metade do século XIX inicia-se a utilização das novas fontes de energia conhecidas como petróleo e eletricidade, que seriam as responsáveis pelo grande salto no desenvolvimento da humanidade, fazendo com que chegássemos aos dias de hoje, podendo ultrapassar as fronteiras do espaço e disponibilizando todo o conforto e perspectivas que nossas vidas passaram a ter em função do incremento dessas duas fontes de energia.


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